A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, tomou uma medida nesta terça-feira (30), abrindo uma investigação contra duas das maiores redes sociais do mundo: o Instagram e o Facebook. O motivo por trás dessa ação é a suspeita de que essas plataformas não estão cumprindo suas obrigações na luta contra a desinformação, especialmente em um momento sensível antes das eleições europeias que estão programadas para junho.
O contexto político atual, permeado por preocupações sobre a manipulação de opiniões por parte de países terceiros, especialmente a Rússia, tem ampliado as preocupações dos líderes europeus. A disseminação de desinformação e a possível interferência estrangeira nas eleições são questões de extrema importância para a estabilidade democrática e a integridade do processo eleitoral.
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A presidência da Comissão Europeia enfatizou o compromisso da instituição em proteger os cidadãos europeus da desinformação e da manipulação por terceiros países. Nesse sentido, a ação da Comissão não é apenas uma resposta pontual, mas parte de um esforço contínuo para salvaguardar os processos democráticos e a soberania dos Estados-membros.
Investigação contra as gigantes
A investigação contra o Instagram e o Facebook é apenas uma das iniciativas da Comissão Europeia no âmbito da nova Lei de Serviços Digitais, em vigor desde o ano anterior. Esta legislação visa combater conteúdos e produtos online ilegais, estabelecendo padrões mais rigorosos para as plataformas digitais operarem no espaço europeu.
O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, destacou a necessidade de medidas eficazes para impedir que as vulnerabilidades do Instagram e do Facebook sejam exploradas por interferências estrangeiras. A crítica central da União Europeia é que a Meta, empresa-mãe das duas redes sociais, está moderando de forma insuficiente a publicidade, o que representa um risco para os processos eleitorais.
A União Europeia mencionou campanhas publicitárias que estão relacionadas à manipulação de informações provenientes do exterior. Essa observação levanta preocupações não apenas sobre a integridade das eleições, mas também sobre a influência que atores estrangeiros podem exercer sobre a opinião pública europeia através dessas plataformas digitais.