Conheça o novo medicamento para tumor cerebral que pode alongar vida de pacientes

Uma luz de esperança brilha no horizonte para crianças diagnosticadas com tumores cerebrais, graças a um avanço recente no tratamento. O órgão regulador de medicamentos do Reino Unido deu sinal verde para uma nova combinação de medicamentos, dabrafenibe e trametinibe, destinada a combater gliomas em pacientes pediátricos.

Anualmente, cerca de 180 crianças e adolescentes no Reino Unido são impactados pelos gliomas cerebrais, posicionando-se como a forma mais prevalente de câncer cerebral na faixa pediátrica. Os sintomas manifestam-se de maneira diversa, abrangendo desde dores de cabeça persistentes e náuseas até convulsões e modificações comportamentais.

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Novo medicamento

A autorização desse tratamento marca um momento significativo para o Sistema Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, representando a primeira inovação em quase duas décadas. Essa terapia combinada possui o potencial de estender a expectativa de vida dos pacientes em até 18 meses. Os resultados dos estudos clínicos até o momento têm sido positivos e encorajadores.

Crianças menores de 18 anos submetidas à terapia combinada de dabrafenibe e trametinibe apresentaram uma marcante cessação no avanço do tumor por até dois anos, em comparação com os simples sete meses de estabilização associados à quimioterapia tradicional.

Adicionalmente, alguns pacientes até mesmo alcançaram a completa remissão do tumor, embora seja imprescindível realizar mais estudos para validar o potencial desses medicamentos como uma cura definitiva.

Tratamento contra o tumor cerebral

Uma característica essencial desse tratamento reside em sua capacidade de proporcionar uma experiência mais suportável aos pacientes. Com menos efeitos adversos e a possibilidade de administração oral no conforto de suas casas, os pacientes podem evitar as constantes idas ao hospital, o que promove uma melhora substancial em sua qualidade de vida durante o tratamento.

Essa terapia agora oferece uma opção para pacientes que sofrem de gliomas de alto ou baixo grau no cérebro ou na medula espinhal, apresentando uma mutação específica no gene BRAF. Tal mutação reduz a eficácia da quimioterapia, mas os medicamentos aprovados têm a capacidade de atingir diretamente as proteínas ligadas ao tumor, bloqueando seu crescimento.

Expectativas

O Dr. Michele Afif, da Brain Tumor Charity, destacou a relevância positiva que essa inovação terapêutica trará para os pacientes, realçando a necessidade de disponibilizar tratamentos mais eficazes e menos invasivos para essa comunidade vulnerável.

O professor Peter Johnson, que atua como diretor de câncer do NHS England, manifestou contentamento com a aprovação desses medicamentos, enfatizando sua eficácia e o benefício positivo que trarão para a qualidade de vida das crianças impactadas por gliomas.

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