Veja o que é a Taxa Selic e como os cortes recentes impactam a economia
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, realizada em um dia de quarta-feira, foi divulgada a decisão de diminuir a taxa primária de juros, conhecida como Selic, em 0,5 ponto percentual.
Essa decisão já era antecipada, conforme expresso nos comunicados prévios do Copom. Com essa diminuição, a taxa Selic foi reduzida de 11,25% ao ano para 10,75% ao ano, alinhando-se à trajetória de cortes que vem sendo implementada pelo comitê desde agosto de 2023.
Taxa Selic
A taxa Selic desempenha um papel fundamental na política monetária, sendo uma das principais ferramentas utilizadas pelo Banco Central para moldar a atividade econômica e controlar a inflação. Por ser a taxa básica de juros da economia, suas flutuações têm um efeito direto sobre outras taxas de juros praticadas no país, incluindo aqueles referentes a empréstimos, financiamentos e investimentos financeiros.
É fundamental ressaltar que a taxa de juros exerce sua influência na economia com um certo tempo de defasagem. Isso significa que as alterações na Selic demoram a surtir efeitos completos, podendo levar de 6 a 18 meses até que suas consequências sejam plenamente percebidas e absorvidas pela economia.
Cortes e impactos
Este mais recente decréscimo marca o sexto seguido desde o início do ciclo de redução, quando a Selic estava em um nível mais elevado, próximo de 13,75% ao ano. Desde então, a cada reunião, o Copom tem escolhido efetuar cortes de 0,5 ponto percentual, com o objetivo de fomentar a atividade econômica e controlar a inflação.
A redução da Selic para 10,75% ao ano pelo Copom resultou na taxa atingir o seu ponto mais baixo em dois anos, equiparando-se ao nível observado em março de 2022. Esse ajuste reflete a abordagem prudente do comitê, que busca harmonizar o crescimento econômico com a estabilidade dos preços.
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Próxima reunião e meta de inflação
No comunicado emitido após a reunião, o Copom sugeriu a possibilidade de mais um corte na próxima reunião, marcada para maio. Essa indicação é fundamentada em análises econômicas e na perspectiva projetada para a inflação e o desempenho econômico nos meses vindouros.
Adicionalmente, ao estabelecer a política monetária, o Banco Central leva em conta as metas de inflação determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para o atual ano, a meta de inflação é fixada em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, a meta de inflação adotou um caráter contínuo, permanecendo em 3% ao ano, com a mesma faixa de variação permitida.