Trump enfrenta nova acusação de assédio a modelo às vésperas das eleições nos EUA

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato republicano para as eleições de 2024, enfrenta uma nova acusação de assédio sexual, que pode impactar sua campanha à Casa Branca.

A acusação foi feita por Stacey Williams, uma ex-modelo, e envolve alegações de comportamento inadequado por parte de Trump em uma festa na década de 1990, quando ambos foram apresentados pelo financista condenado Jeffrey Epstein.

Relação entre Trump e Epstein

Jeffrey Epstein, que foi condenado por tráfico sexual e morreu em circunstâncias suspeitas na prisão em 2019, tinha laços com várias figuras poderosas, incluindo Trump. Segundo Stacey Williams, a ex-modelo que acusa Trump de assédio, os dois pareciam ser bons amigos e passavam muito tempo juntos.

Ela afirmou que conheceu Trump em uma festa em 1992, onde foi apresentada a ele por Epstein, com quem havia tido um relacionamento amoroso. A festa aconteceu em Nova York, e, segundo Williams, foi nesse evento que ocorreu a suposta agressão.

O incidente de assédio

Durante uma ligação organizada pelo grupo Survivors for Kamala, um grupo de apoio à candidata democrata Kamala Harris, Stacey Williams revelou detalhes do incidente. Ela afirmou que, durante uma visita de Epstein ao escritório de Trump em Nova York, o ex-presidente a puxou para perto e a apalpou de forma inapropriada.

De acordo com Williams, Trump colocou as mãos “por todos os lados” de seu corpo, incluindo os seios, cintura e nádegas, enquanto Epstein observava e ambos sorriam. O episódio, segundo ela, a deixou paralisada de medo.

Contexto das eleições de 2024

Essa acusação surge em um momento sensível para Trump, que está em plena campanha para as eleições presidenciais de 2024. Ele já enfrentou várias outras acusações de assédio e agressão sexual ao longo dos anos, com mais de 20 mulheres denunciando comportamentos semelhantes.

No entanto, Trump continua a negar todas as alegações e a classificá-las como tentativas de difamação, especialmente por parte de adversários políticos.

A campanha de Trump não comentou imediatamente sobre as acusações feitas por Stacey Williams, mas, segundo o jornal The Guardian, uma porta-voz da campanha rejeitou a história como uma “invenção” criada pela equipe de Kamala Harris.

A porta-voz também teria descrito Williams como uma “ex-ativista” ligada ao ex-presidente democrata Barack Obama, o que, de acordo com a campanha de Trump, indicaria uma motivação política por trás das alegações.

Influência de Kamala Harris e o Grupo Survivors for Kamala

O grupo Survivors for Kamala, que organizou a ligação onde Stacey Williams compartilhou sua história, é uma entidade de lobby que apoia Kamala Harris. Harris, que atualmente é vice-presidente e provável candidata democrata em 2024, tem sido uma defensora dos direitos das vítimas de abuso sexual e da responsabilidade por parte dos poderosos.

A ligação de Stacey Williams com o grupo, no entanto, levou à acusação de que as revelações são politicamente motivadas para enfraquecer Trump nas eleições. Independentemente de haver ou não uma motivação política, a acusação reacende o debate sobre a credibilidade das denúncias de assédio e o impacto delas em campanhas presidenciais.

Um cartão postal como prova?

Williams também apresentou um cartão postal que disse ter recebido de Trump após o incidente. O cartão retrata a mansão de Trump em Palm Beach, Flórida, e continha uma mensagem manuscrita que dizia: “Stacey – Seu lar longe de casa. Com amor, Donald.”

Esse detalhe adiciona uma camada de autenticidade à história, embora a defesa de Trump provavelmente alegue que a mensagem foi um gesto cortês comum, sem implicações maiores.

Outras acusações

As alegações de Stacey Williams não são as únicas que Trump enfrenta. Desde que começou sua vida pública, ele já foi acusado de assédio ou agressão sexual por mais de 20 mulheres.

Uma das acusações mais notórias resultou na recente condenação em um tribunal de Nova York, onde Trump foi considerado responsável por agressão sexual e difamação contra a escritora E. Jean Carroll. Em janeiro de 2024, ele foi condenado a pagar US$ 83,3 milhões em indenizações a Carroll.

Mesmo assim, Trump nega todas as acusações e continua a classificar as mulheres que o acusam como mentirosas e parte de uma conspiração política.

Impacto nas eleições e a opinião pública

Com as eleições de 2024 se aproximando, é inevitável que as novas acusações afetem a campanha de Trump de alguma forma. Embora ele tenha sobrevivido a várias polêmicas ao longo dos anos, as questões relacionadas a assédio sexual sempre geram intenso debate, principalmente em uma era em que os movimentos de justiça social, como o #MeToo, têm maior visibilidade.

Para alguns de seus apoiadores mais “furiosos”, as alegações de assédio são vistas como ataques fabricados por seus inimigos políticos. No entanto, para muitos eleitores, essas acusações podem reavivar preocupações sobre o caráter e a moralidade de Trump como líder.

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