Região famosa por cachoeiras no Brasil está em chamas há 3 dias; incêndio pode ser criminoso

O Parque Nacional da Serra do Cipó, um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais, está em chamas há três dias consecutivos.

O incêndio, que teve início no último domingo (18), já devastou 478 hectares de uma das regiões mais icônicas do estado, famosa por abrigar cachoeiras como a do Tabuleiro, a terceira maior do Brasil.

A suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso, com as chamas originadas na MG-010, alastrando-se rapidamente devido ao tempo seco e às condições climáticas adversas.

Chamas
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Brigadistas Lutam Contra as Chamas

Desde o início do incêndio, 16 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), apoiados por voluntários e cinco viaturas, estão trabalhando incansavelmente no combate às chamas.

Os militares concentram seus esforços em três pontos prioritários do parque, onde há risco iminente para as comunidades locais, como Serra Morena, Mãe D’Água, Alto Palácio e Recanto do Ildeu. A situação é crítica, com diversos focos de incêndio espalhados pelo parque, e a linha de fogo principal ameaçando áreas próximas a residências.

As equipes de combate ao incêndio enfrentam desafios adicionais devido à geografia da região, que dificulta o acesso a alguns pontos críticos. Para otimizar as operações, os bombeiros estabeleceram um posto de comando na Prefeitura de Santana do Riacho e utilizam o Rio Cipó como local de captação de água para o apoio aéreo, que envolve o uso de helicópteros e aviões.

Patrimônio Natural e Cultural Sob Ameaça

O Parque Nacional da Serra do Cipó é um dos maiores tesouros naturais de Minas Gerais, abrangendo uma área de 33.800 hectares. Fundado em 1984, o parque protege uma biodiversidade rica e diversa, incluindo espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção.

Além disso, a área é conhecida por suas belezas naturais, como as cachoeiras do Tabuleiro, Farofa, Braúnas, Gavião, Tombador e Andorinhas, o Cânion das Bandeirinhas e a Prainha do Bambuzal.

Devido à gravidade do incêndio, o parque foi fechado para visitação na segunda-feira (19), e não há previsão para a reabertura. O ICMBio ainda não divulgou a extensão total da área queimada, mas as consequências do incêndio já são devastadoras para a vegetação local e para as espécies que habitam o parque.

As autoridades continuam investigando a causa do incêndio, com a suspeita de que tenha sido provocado intencionalmente. Enquanto isso, o esforço conjunto dos brigadistas, voluntários e Corpo de Bombeiros segue na tentativa de conter as chamas e minimizar os danos a esse patrimônio natural tão importante para o Brasil.

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