A rede de lanchonetes Subway, reconhecida por suas opções de sanduíches personalizáveis, viu-se envolvida em uma situação ao encaminhar um pedido de recuperação judicial à Justiça de São Paulo no início desta semana. Este movimento, que ressalta dívidas de R$ 482 milhões, foi iniciado por seu controlador, o grupo Southrock, que já se encontrava em processo de recuperação judicial desde dezembro de 2023.
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Curiosamente, a Subway havia sido inicialmente excluída desse processo, mas semelhante ao ocorrido com a Starbucks no passado, uma notificação da matriz norte-americana da marca desencadeou a necessidade de buscar proteção judicial.
Diante dessa situação, encontra-se um grupo de credores que, repentinamente, interrompeu as negociações e passou a exigir o pagamento imediato dos valores devidos. Tal mudança de postura forçou a Subway a reavaliar sua situação financeira e a tomar medidas para proteger seus interesses. O término do chamado “Forbearance Agreement”, um acordo de tolerância que permitia à Southrock continuar como franqueadora master da Subway no Brasil durante um período transitório.
A Subway, reconhecendo a necessidade de uma reestruturação organizada e uniforme, optou pelo pedido de recuperação judicial como meio de viabilizar essa transição. Importante notar que, antes mesmo desse pedido, já se discutia a possibilidade de um novo controlador para as operações da Subway no Brasil.
Não inclusão inicial da Subway no pedido de proteção judicial feito pela Southrock
Na época, havia uma postura colaborativa por parte de importantes credores financeiros, o que evitou a inclusão da marca nesse processo mais amplo. No entanto, a evolução das circunstâncias, especialmente em meio aos desafios impostos pela pandemia e pela recuperação gradual do grupo, levaram à revisão dessa posição.
Vale ressaltar que a crise enfrentada pela Subway não é isolada, mas parte de um panorama maior que afeta outras marcas sob o guarda-chuva da empresa, como T.G.I. Friday’s e BAR – Brazil Airport Restaurants. O impacto da pandemia e a dificuldade de recuperação têm sido citados como fatores contribuintes para essa situação desafiadora.
Um ponto a ser observado é a dinâmica da operação da Subway no Brasil, onde a Southrock atua principalmente como franqueadora da marca, enquanto as atividades são conduzidas pelos próprios franqueados.