O Bolsa Família, principal programa de assistência social do Brasil, passa por importantes mudanças no final de 2024. Durante os meses de novembro e dezembro, o programa se destaca com repasses especiais que visam melhorar as condições financeiras das famílias em todo o país, com foco nas crianças, adolescentes e gestantes.
Estes bônus “natalinos” foram estruturados para apoiar os cidadãos mais vulneráveis, oferecendo maior equidade social e promovendo a redução da pobreza.
Ajuste nos benefícios
A nova configuração do Bolsa Família traz uma abordagem personalizada, com a introdução de uma cesta de benefícios ajustada para cada composição familiar.
Ao contrário do que acontecia no modelo anterior, onde o valor fixo de R$ 600 era distribuído a todas as famílias sem considerar o número de integrantes, agora, o programa adota uma lógica mais sensível às particularidades de cada grupo.
O Benefício Primeira Infância, no valor de R$ 150, foi criado para beneficiar as crianças de zero a seis anos, uma fase importante para o desenvolvimento infantil. Além disso, crianças e adolescentes de sete a 18 anos, gestantes e nutrizes (mulheres que estão amamentando) recebem um complemento de R$ 50, além do valor base de R$ 142 por pessoa.
Prioridade ao desenvolvimento infantil e apoio a gestantes
O presidente Lula, durante a transição de governo, destacou a importância de priorizar o apoio ao desenvolvimento infantil e às gestantes, considerando que essas são as fases mais decisivas na formação do ser humano e no futuro do país.
Ao direcionar um benefício específico para essas duas faixas etárias, o governo visa combater a pobreza infantil e melhorar as condições de vida de quem mais precisa, principalmente em regiões com alta vulnerabilidade.
Importância do Bolsa Família na redução da pobreza infantil
Um estudo recente realizado pelo MDS em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal revelou dados preocupantes sobre a situação das crianças em nosso país.
O relatório intitulado “Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único” mostrou que, sem o apoio do Bolsa Família, uma grande parte das crianças brasileiras de zero a seis anos viveria em condições de pobreza ou extrema pobreza.
A redução de 91,7% da pobreza infantil observada com o programa é um reflexo direto da eficácia dessas políticas públicas no combate à desigualdade social.
Ao colocar crianças, gestantes e jovens em situação de vulnerabilidade social no centro de suas políticas, o governo reconhece a importância da educação, do desenvolvimento infantil e da redução das desigualdades sociais como pilares para a construção de um país mais justo.