Por que o Dia do Trabalho é no 1º de maio? Entenda a origem do feriado
O 1º de maio, conhecido como o Dia do Trabalho, é uma data de importância internacional que tem suas raízes na histórica luta dos trabalhadores por condições laborais mais justas. Desde 2002, o Dia do Trabalho é reconhecido oficialmente como feriado no Brasil.
Nesse dia, as agências bancárias e dos Correios permanecem fechadas para atendimento presencial, mas os clientes têm à disposição canais digitais para realizar transações e operações de autoatendimento. O serviço de PIX, por exemplo, continua operando normalmente, garantindo a praticidade e conveniência das operações financeiras mesmo durante o feriado.
Veja também: Feriado prolongado confirmado no próximo dia 01/05: veja quem folga
Origem do feriado
Essa celebração remonta ao final do século XIX nos Estados Unidos, quando os trabalhadores, submetidos a jornadas extenuantes de até 12 horas diárias, iniciaram um movimento em prol da redução da jornada para oito horas.
No dia 1º de maio de 1886, os trabalhadores de Chicago promoveram uma greve geral que envolveu aproximadamente 340 mil pessoas em todo o país. Os acontecimentos subsequentes na Praça Haymarket, em Chicago, tornaram essa greve um momento histórico significativo.
No dia 3 de maio de 1886, durante uma manifestação pacífica, houve um confronto entre a polícia e os manifestantes, resultando em fatalidades entre os trabalhadores e os policiais. No dia seguinte, uma explosão de uma bomba na praça causou mais mortes e ferimentos. Esse evento foi denominado como o Massacre de Haymarket e se tornou um ícone da luta dos trabalhadores.
O 1º de maio adquiriu importância emblemática para os movimentos trabalhistas globalmente, especialmente na Europa, onde foi formalmente estabelecido como o Dia Internacional dos Trabalhadores após uma série de manifestações e mobilizações em favor dos direitos laborais.
Dia do Trabalho no Brasil
No Brasil, o Dia do Trabalho começou a ser comemorado de forma informal no início do século XX pelos próprios trabalhadores, ganhando gradualmente mais reconhecimento. Durante o governo de Artur Bernardes, foi oficializado como feriado nacional. Mais tarde, durante a era de Getúlio Vargas, o dia 1º de maio foi amplamente utilizado como parte de uma estratégia política para consolidar o apoio popular.
Vargas introduziu uma política trabalhista que oferecia benefícios aos trabalhadores, ao mesmo tempo em que consolidava o controle sobre sindicatos e movimentos sociais. Ele reorientou a celebração do Dia do Trabalho para ser um momento de repouso e comemoração, desviando-a de suas origens de luta e engajamento político.
De acordo com a legislação, os trabalhadores que prestarem serviço no dia 1º de Maio têm direito a receber o pagamento em dobro pela jornada realizada ou a usufruir de uma folga compensatória durante a mesma semana ou mês, dependendo do acordo estabelecido.