O que aconteceu com a Nokia? O fim trágico que ninguém esperava

A Nokia, um dos gigantes da tecnologia que dominou o mercado de celulares por décadas, surpreendeu muitos fãs e críticos ao anunciar uma mudança inesperada em sua marca.

A questão central que muitos não entenderam é que o nome “Nokia” atualmente representa duas empresas distintas, com focos de atuação completamente diferentes.

A confusão aumentou quando a empresa que anunciou a mudança de marca foi a Nokia voltada para soluções empresariais, e não a fabricante de celulares que tantas pessoas ainda associam ao nome.

A divisão entre a Nokia de infraestrutura e a Nokia de celulares

A antiga Nokia que todos conhecemos, famosa por seus celulares robustos e duradouros, na verdade não existe mais da forma que muitos imaginam. Desde 2014, a corporação parou de produzir telefones, focando em outras áreas de atuação, como infraestrutura de redes e digitalização industrial.

No entanto, o nome continua vivo no mercado de celulares graças à HMD Global, uma empresa que detém o licenciamento para fabricar smartphones sob a marca Nokia desde 2016.

Essa separação gerou uma divisão interessante: por um lado, a Nokia que conhecemos, agora associada à HMD Global, continua lançando novos modelos de smartphones. Já a “outra” Nokia, que anunciou a nova marca, é a empresa de soluções tecnológicas voltadas para o mercado corporativo, com foco em redes e inovação industrial.

A nova identidade da Nokia empresarial

O CEO da Nokia, Pekka Lundmark, explicou que o objetivo da nova identidade da Nokia empresarial é reforçar a presença da companhia no setor de redes e digitalização industrial.

O rebranding serve para distanciar a empresa de sua antiga associação com celulares, um passo necessário para manter sua relevância em mercados competitivos e altamente tecnológicos.

Lundmark ressaltou que a nova marca pretende trazer uma “foco mais claro nas redes e na digitalização industrial”, abandonando de vez qualquer conexão com os celulares. A Nokia, que começou suas operações em 1865 na Finlândia, não tem mais qualquer vínculo direto com a fabricação de dispositivos móveis, essa área está sob o comando da HMD Global.

A Nokia de celulares e seus desafios

Enquanto a nova Nokia empresarial busca se reinventar e liderar o mercado de tecnologia industrial, a Nokia de celulares, sob a direção da HMD Global, segue lançando modelos que buscam acompanhar a evolução do mercado de smartphones.

Recentemente, a marca anunciou os modelos Nokia C32, C22 e G22, que vêm equipados com o Android 13 e câmeras de até 50 MP.

No entanto, mesmo com novos produtos no mercado, a popularidade da Nokia no segmento de smartphones não é mais a mesma que a consagrou nas décadas de 1990 e início dos anos 2000.

Ainda que mantenha a reputação de fabricar aparelhos resistentes, a marca não consegue competir de igual para igual com gigantes como Apple e Samsung. Sua estratégia, até o momento, tem sido focar em versões do Android com atualizações contínuas e produtos mais acessíveis.

O rebranding e a confusão entre as duas “Nokias”

A mudança de identidade visual da Nokia empresarial, o que pode ser chamado de rebranding, gerou confusão entre consumidores e até especialistas.

A diretora de arte Giulia Fagundes, em entrevista ao TechTudo, afirmou que um reposicionamento dessa magnitude pode gerar a sensação de que a empresa está se atualizando, mas também traz desafios. “Seria interessante unir as forças das duas organizações e usar somente uma nova marca”, sugeriu.

No entanto, a nova marca da Nokia para empresas foi alvo de críticas. Alguns usuários e especialistas observaram que a mudança foi muito brusca e comprometeu aspectos da marca anterior que ainda eram valorizados.

Um dos pontos mais criticados foi a legibilidade do novo logotipo, que, segundo alguns, tornou-se mais difícil de identificar e associar à empresa.

Reações nas redes sociais

O impacto da nova identidade visual da Nokia foi sentido principalmente nas redes sociais, onde fãs nostálgicos da marca e detratores discutiram intensamente as mudanças.

Alguns elogiaram a iniciativa da Nokia empresarial em buscar novos caminhos e se modernizar, enquanto outros sentiram que a empresa deveria ter mantido uma identidade mais próxima de suas raízes, especialmente considerando a forte nostalgia que muitos ainda têm em relação aos celulares Nokia.

A confusão entre as duas marcas também foi um dos tópicos mais comentados. A ideia de que o nome “Nokia” agora está associado a duas organizações distintas não caiu bem para todos.

Muitos usuários acreditavam que a mudança de marca se aplicava aos celulares, o que gerou um mal-entendido sobre o futuro da empresa no mercado de tecnologia de consumo.

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