Lembra deles? Orelhões devem virar pontos de Wi-Fi em todo o país
Após a introdução das fichas metálicas e, em seguida, dos cartões indutivos nos orelhões, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) está explorando alternativas de pagamento para esses telefones públicos, comumente referidos como orelhões. Uma proposta em análise busca adaptar o uso dos cartões indutivos e adotar outras medidas para reanimar esses terminais.
Um documento preparado pela conselheira Emília Ribeiro evidencia a diminuição no uso de créditos, chamadas originadas nos orelhões, fabricação de cartões indutivos e arrecadação proveniente desses dispositivos. Essa tendência sugere uma diminuição do interesse da população pelos orelhões.
A relatora propõe que as operadoras tenham a autonomia de escolher novas modalidades de pagamento para os orelhões. No documento, Emília faz menção à continuidade da discussão sobre o uso de “créditos” nos orelhões, porém as empresas de telefonia poderiam optar por outras formas de pagamento. Entretanto, a agência reguladora não detalha quais alternativas poderiam ser introduzidas nos terminais de uso coletivo.
Futuro dos orelhões
Uma outra sugestão submetida à consulta pública por um período de 45 dias aborda a utilização dos orelhões para finalidades que não se limitam a chamadas de voz. O documento faz referência a “outros serviços de telecomunicações ou de valor agregado”, como acesso à rede Wi-Fi.
Isso implica que as empresas de telefonia teriam a possibilidade de converter os orelhões em pontos de acesso Wi-Fi para expandir a disponibilidade de internet sem fio. Presentemente, todas as operadoras disponibilizam Wi-Fi como parte de seus pacotes de serviços aos clientes.
A Anatel está avaliando a viabilidade de usar os orelhões para fins publicitários, desde que toda a receita gerada por essa atividade seja direcionada integralmente para a manutenção dos terminais. Essa sugestão foi apresentada por Emília Ribeiro, apesar de enfrentar críticas de outro membro do conselho da agência, que propõe que seria mais adequado permitir a veiculação de publicidade e deixar que as empresas determinem como usar os fundos arrecadados.
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Telefonia fixa
Adicionalmente, a Anatel deu início a um processo de consulta pública para revisar as regras de concessão de telefonia fixa, buscando modificar regulamentos que impactam negativamente as concessões. Uma análise identificou que houve um considerável número de solicitações para a remoção de telefones públicos em várias localidades, evidenciando a falta de popularidade desse serviço.
Uma outra proposta em discussão é a eliminação do Acesso Individual Classe Especial (AICE), mais conhecido como “Telefone Popular”, destinado aos indivíduos cadastrados no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, devido à diminuição na quantidade de telefones fixos residenciais instalados em lares de baixa renda.