A Toyota anunciou oficialmente nesta terça-feira (5) um plano de investimento no Brasil, totalizando R$ 11 bilhões e prometendo a criação de 2 mil empregos até 2030. A confirmação veio após o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ter adiantado a informação no último domingo (3).
Dessa quantia, R$ 5 bilhões já estão assegurados até 2026, abrangendo a produção de um novo veículo compacto híbrido flex, previamente revelado no ano anterior e com a previsão de iniciar sua fabricação em 2025. Adicionalmente, outro modelo com a mesma tecnologia será desenvolvido especialmente para o mercado brasileiro.
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A montadora ressaltou que tais investimentos foram possíveis graças a iniciativas implementadas pelo estado de São Paulo, as quais desempenharam um papel importante na competitividade e da previsibilidade nas atividades do setor industrial. O CEO da Toyota para a América Latina e Caribe, Rafael Chang, expressou sua satisfação com a expansão da produção local, destacando a capacidade de exportar para toda a região e gerar empregos e desenvolvimento econômico para a sociedade.
Sequência de investimentos
Os investimentos adicionais também permitirão a expansão do parque fabril da empresa em Sorocaba, interior de São Paulo, atualmente operando em sua capacidade máxima. Contudo, para efetivar essa expansão, será necessário construir novas instalações no local, para onde serão gradualmente transferidas as operações produtivas de Indaiatuba (SP), com conclusão prevista até o final de 2026.
Rafael Chang enfatizou que tais iniciativas estão alinhadas com as diretrizes das políticas Nova Indústria Brasil e Mover, apresentadas pelo governo federal. Esse anúncio da Toyota segue uma sequência de investimentos similares feitos por seus concorrentes, como Renault, Volkswagen, General Motors e Hyundai.
Paralelamente, o vice-presidente Geraldo Alckmin divulgou que o programa automotivo Mover terá sua regulamentação publicada até o final de março, com um total de R$ 19,3 bilhões em incentivos fiscais ao setor até 2028. O Mover prevê tributação diferenciada para veículos sustentáveis, incentivos à pesquisa e desenvolvimento nas indústrias de mobilidade e logística, além de requisitos obrigatórios para a comercialização de veículos produzidos no país.
Aspectos como o IPI Verde, que estabelece que quem emite menos paga menos imposto, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), gerenciado pelo BNDES, serão contemplados na regulamentação do programa.