Em uma medida que promete mudar a forma como interagimos com as redes sociais, o Instagram, propriedade da Meta, anunciou recentemente a introdução de uma nova funcionalidade que permite aos usuários limitar a visibilidade de conteúdos políticos dentro do aplicativo.
Esta atualização, que já começou a ser implementada nos Estados Unidos, reflete a crescente preocupação com o impacto das redes sociais na disseminação de informações políticas e fake news.
Instagram anuncia serviço para limitar conteúdos políticos
A nova configuração, que está ativada por padrão, restringe a sugestão de “conteúdos políticos de contas que você não segue”, afetando também o Threads, uma vez que ambas as plataformas compartilham o mesmo sistema de conta.
Este ajuste oferece aos usuários mais controle sobre o que aparece em suas áreas de sugestões e recomendações, permitindo-lhes optar manualmente pela exibição irrestrita desses conteúdos, caso assim desejem.
A decisão da Meta de implementar tal recurso surge em um momento crucial, em que o debate sobre o papel das redes sociais na política ganha cada vez mais destaque. A facilidade de circulação de notícias falsas e o seu potencial impacto em eleições e outras decisões políticas têm sido objeto de discussão intensa.
Ao permitir que os usuários limitem a visibilidade de conteúdos políticos, a empresa espera mitigar críticas relacionadas à sua capacidade de moderar fake news e outros materiais controversos ligados ao âmbito político.
A implementação deste novo modo de configuração, que começou de forma discreta na semana passada para o público norte-americano, coincide com a proximidade de mais uma eleição presidencial nos Estados Unidos, aumentando a relevância da medida.
Enquanto isso, no Brasil, ainda não há previsão de lançamento desta ferramenta. Segundo o Instagram, a implementação ocorrerá de forma “lenta e gradual”, conforme anunciado anteriormente.
Este movimento da Meta, que inclui o Instagram e o Threads, de não recomendar proativamente conteúdo político, reflete uma tentativa de transformar estas plataformas em “zonas neutras”.
Apesar dos benefícios aparentes, como a redução de discussões políticas acaloradas e a disseminação de fake news, a medida também levanta preocupações sobre a possível restrição ao acesso de conteúdos importantes relacionados a leis, eleições e tópicos sociais, essenciais para o engajamento cívico e a democracia.
A longo prazo, a eficácia dessa estratégia e seu impacto no diálogo público e na formação de opinião permanecem incertos. No entanto, a iniciativa sublinha o papel cada vez mais crítico das plataformas digitais na moderação de conteúdos e na moldagem do discurso político na era da informação.
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