O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resolveu adiar pela segunda vez a cobrança de visto para turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália que desejam entrar no Brasil.
Prevista anteriormente para entrar em vigor no dia 10 de janeiro de 2024, a medida teve sua implementação prorrogada para o dia 10 de abril do mesmo ano, conforme oficializado por um decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União no dia 4 de janeiro.
A não exigência de visto para turistas desses países havia sido adotada em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, uma medida que não foi reciprocada para os brasileiros que pretendiam viajar para os Estados Unidos, Canadá e Austrália. O princípio da reciprocidade foi fundamental na decisão do governo Lula de retomar a exigência de visto para esses países.
Medida visa garantir segurança do setor de turismo
Em nota divulgada à imprensa, o governo afirmou que o adiamento tem como objetivo a conclusão do processo de implementação do sistema de cobrança do visto e evitar complicações no setor de turismo durante a alta temporada de início de ano.
“O intuito é garantir uma implementação segura da medida sem prejudicar o setor de turismo”, confirma a nota. Com isso, a necessidade do documento será válida a partir da data de chegada ao Brasil, ou seja, 10 de abril. No entanto, a nova data de implementação da cobrança de visto, que já foi postergada duas vezes – a data original era 1° de outubro de 2023 -, gerou algumas controvérsias entre os parlamentares, que já manifestaram sua contrariedade à exigência do documento para os turistas desses países.
O impacto da medida nos aeroportos brasileiros
Os efeitos dessa nova implementação já são sentidos nos principais aeroportos do país. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do Brasil, localizado na região Metropolitana de São Paulo, deve experienciar um movimento atípico de passageiros com a nova medida.
Os turistas desses países que planejam viagens ao Brasil após a data de 10 de abril deverão fazer seus próprios arranjos para obter os vistos necessários, o que levará em consideração a data de chegada ao Brasil. É importante notar que essa medida pode mudar novamente, como já aconteceu duas vezes anteriormente. O governo continua monitorando a situação e realizará novas alterações se necessário.