Esta região brasileira pode SECAR e moradores temem futuro
Nos últimos anos, uma das maiores extensões úmidas do planeta, enfrenta uma das maiores crises hídricas das últimas décadas. Desde 2019, este bioma vem registrando índices alarmantes de redução de sua área inundada, fundamental para a manutenção de seu ecossistema diversificado.
Um estudo recente elaborado pela ArcPlan, a pedido do WWF-Brasil e com apoio do WWF-Japão, aponta que nos primeiros meses de 2024, a situação no Pantanal se agravou ainda mais.
Utilizando imagens do satélite Planet, os pesquisadores descobriram que a extensão de áreas alagadas está bem abaixo do usual, mesmo durante o período que tradicionalmente deveria ser de cheias.
Qual é a gravidade da situação das cheias no Pantanal?
De janeiro a abril deste ano, a pesquisa indicou que apenas 400 mil hectares estavam cobertos por água, um número inferior aos 440 mil hectares registrados no mesmo período do ano anterior.
Essa redução na capacidade de alagamento não apenas sinaliza uma alteração drástica no padrão climático do bioma, mas também coloca em risco sua biodiversidade e economia local.
Mudanças climáticas e ações humanas no Pantanal
A crise hídrica no Pantanal é exacerbada pelas mudanças climáticas, que alteram os padrões de chuva e seca na região. Além disso, ações humanas como a construção de barragens, desmatamento e queimadas intensificam a degradação do bioma.
Essas atividades não só reduzem a área de inundação como também comprometem a renovação natural do ecossistema.
Como a falta de inundações afeta o ecossistema pantaneiro?
Durante a estação das cheias, até 80% do Pantanal pode ficar submerso, um fenômeno crucial para a saúde ecológica do bioma.
Essas inundações permitem a renovação dos nutrientes e fornecem habitat para variadas espécies, como a onça-pintada e a arara-azul. Com a redução drástica dessa inundação, esses animais e muitas outras formas de vida enfrentam uma ameaça séria de extinção.
Concluindo, a crise hídrica no Pantanal é um sinal alarmante que requer atenção imediata. Medidas de conservação e manejo sustentável são essenciais para garantir a sobrevivência deste ecossistema.