Nos últimos anos, o Cadastro Único tem sido discutido como um dos principais meios para acessar benefícios do governo federal. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funciona esse sistema e como ele pode impactar suas vidas.
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O Cadastro Único, criado pelo Decreto nº 3.887 de 2001, é um sistema utilizado pelo governo federal para identificar e caracterizar as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza. É a principal porta de entrada para diversos programas sociais e benefícios. Entre os principais benefícios oferecidos através do Cadastro Único estão:
- Bolsa Família: Transferência de renda para famílias em situação de vulnerabilidade.
- Benefício de Prestação Continuada (BPC): Auxílio financeiro para idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.
- Tarifa Social de Energia Elétrica: Redução na conta de luz para famílias de baixa renda.
- Carteira da Pessoa Idosa: Benefícios e isenções voltados para a população idosa.
- Água Para Todos (Cisternas): Programa de acesso à água potável para regiões carentes.
- Minha Casa Minha Vida: Programa de habitação popular.
- Isenção de Taxa em Concursos Públicos: Isenção das taxas de inscrição em concursos para famílias cadastradas.
Além dos programas federais, muitos estados e municípios têm suas próprias iniciativas que também utilizam o Cadastro Único.
Qual a renda necessária para entrar no Cadastro Único?
Para ser elegível ao Cadastro Único, as famílias devem ter uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. No entanto, famílias com renda um pouco mais alta também podem se cadastrar para participar de programas e serviços específicos.
Além da renda, o cadastramento leva em conta se as famílias pertencem a povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e população em situação de rua. Esses critérios garantem que os grupos mais vulneráveis recebam a assistência necessária.
Como se cadastrar no Cadastro Único?
O cadastramento é feito pessoalmente em um posto de atendimento na cidade onde a família reside, normalmente no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Para realizar o cadastro, o responsável pela família precisa apresentar documentos de todos os membros do núcleo familiar, incluindo:
- Documentos de Identidade: RG, CPF;
- Comprovante de Residência: preferencialmente conta de luz.
Esse procedimento é necessário para garantir que todas as informações estejam corretas e atualizadas.
É possível receber auxílio do governo sem ir ao CRAS?
Embora o cadastramento inicial deva ser feito pessoalmente, uma vez que a família está cadastrada, é possível acompanhar e gerenciar muitos aspectos do Cadastro Único sem precisar retornar ao CRAS. Aqui estão algumas opções:
- Consulta Online: Você pode verificar seu cadastro e obter um comprovante de cadastramento através do site Cadastro Único ou pelo aplicativo do Cadastro Único. Com a função “Consulta Simples”, é possível acessar informações básicas sobre o cadastro, enquanto a “Consulta Completa” requer login no gov.br.
- Atualização de Dados: Embora a atualização de dados também deva ser realizada presencialmente no CRAS, em alguns casos, como alterações temporárias ou urgentes, é possível realizar o processo por meio de atendimento remoto ou solicitações via canais de comunicação específicos dos programas sociais.
No entanto, é fundamental manter os dados do Cadastro Único sempre atualizados. Mudanças na composição familiar, como nascimento de filhos, mudança de endereço, ou alterações no emprego, devem ser comunicadas ao CRAS para garantir que as informações estejam corretas.
A atualização garante que você continue elegível para os benefícios e programas sociais aos quais tem direito.