Brasil bate recorde de casos de dengue e Anvisa divulga os melhores repelentes
No Distrito Federal (DF), um aumento significativo na procura por repelentes foi registrado, apontando um crescimento de cerca de 40% segundo dados fornecidos pelo Sindicato de Comércio de Produtos Farmacêuticos.
Este fenômeno está diretamente relacionado com o crescimento nos casos de dengue, um problema de saúde pública que também aumenta os riscos de contaminação por zika e chikungunya, transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti.
Diante desse cenário, a escolha do repelente correto se torna fundamental. A dermatologista Fernanda Paglia Duran, da Secretaria de Saúde do DF, destaca que não apenas é crucial a seleção de um produto eficaz, como também a forma como este é aplicado no corpo, reforçando a importância de usar o repelente como medida para impedir a transmissão da doença por mosquitos já contaminados.
Quais substâncias são eficazes contra o Aedes aegypti?
Segundo a especialista, três substâncias estão no topo da lista de recomendações tanto da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto da Anvisa por sua eficácia comprovada: Icaridina, com duração de dez horas; IR3535 e DEET, ambas com duração de cerca de duas horas. Essas substâncias, em concentrações específicas, são seguras e eficazes para uso tanto em adultos quanto em crianças e gestantes, com recomendações específicas para cada grupo.
É seguro para todos utilizarem repelentes?
Fernanda Paglia Duran alerta que bebês com menos de seis meses devem ter um cuidado especial, pois o uso de repelentes nessa faixa etária não é recomendado. A estratégia para proteção desses pequenos deve incluir medidas mecânicas, como o uso de roupas claras e a instalação de mosquiteiros.
Para crianças maiores e para as gestantes, o uso é liberado seguindo orientações específicas sobre a concentração e frequência de aplicação dos produtos, e sempre sob orientação médica.
Como aplicar corretamente o repelente?
Uma aplicação adequada pode maximizar a eficácia do repelente. Recomenda-se aplicar nas áreas expostas da pele, evitando contato com olhos e boca, e reaplicar conforme necessário, especialmente após o suor ou exposição à água. Enquanto o repelente de pele deve ser utilizado especialmente nos períodos de maior atividade dos mosquitos, para as noites, o uso de repelentes elétricos pode oferecer uma proteção contínua.
O valor dos repelentes varia bastante, mas com o amplo espectro de preços, é possível encontrar opções acessíveis e eficazes para todas as famílias. Além disso, a Anvisa recomenda que repelentes em spray para ambientes sejam usados com cautela e sempre longe de pessoas com condições sensíveis, como asma ou alergias respiratórias.
Por fim, enquanto as opções naturais, como a citronela, são populares, elas não possuem comprovação de eficácia pela Anvisa, tornando fundamental a escolha por produtos certificados. Para verificar a aprovação de repelentes pela Anvisa, é possível acessar o site da agência e buscar pelo produto de interesse.
A prevenção contra a picada do Aedes aegypti envolve medidas simples, mas que exigem conscientização e ação contínua por parte de toda a população. Escolher o repelente correto, aplicá-lo de forma adequada e adotar outras medidas de proteção são passos cruciais na luta contra a dengue e outras doenças relacionadas, protegendo a saúde individual e coletiva.
A dengue é uma doença séria, e sua prevenção é um dever de todos. Com essas dicas simples, é possível se proteger eficazmente contra o mosquito mais letal do mundo e contribuir para um ambiente mais seguro para todos.
*Matéria realizada com informações do site G1