BPC NEGADO: saiba como recorrer e ter seu benefício
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) representa um relevante suporte estabelecido pela Constituição Federal, destinado a idosos que ultrapassam os 65 anos de idade e a pessoas com deficiência, todos integrantes de famílias de renda reduzida.
Apesar de sua importância, a obtenção desse benefício costuma encontrar obstáculos, já que muitos solicitantes se deparam com a negativa de seus pedidos pelo INSS. Diante dessa situação, é essencial compreender não apenas as razões que podem levar a essa negativa, mas também as alternativas disponíveis para contestar essa decisão.
Elegibilidade para o BPC
O objetivo do BPC é garantir um salário mínimo mensal para indivíduos incapazes de sustentar a si mesmos devido a deficiência ou idade avançada, e que não recebem assistência financeira de suas famílias. Para se qualificar para o benefício, os requerentes devem comprovar que a renda familiar per capita é inferior a um quarto do salário mínimo.
A primeira etapa para se cadastrar no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) é realizar o processo de inscrição, seguido pela apresentação de documentos que demonstrem a elegibilidade junto ao INSS. Isso inclui documentos de identificação, comprovantes de renda e, no caso de pessoas com deficiência, laudos médicos recentes.
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O que fazer quando é negado?
Após a negação do BPC, surgem dúvidas sobre os próximos procedimentos a serem adotados. A recusa pode acontecer por variadas razões, como a ausência de documentação exigida ou a falta de adequação aos critérios estipulados relacionados à renda ou à deficiência.
Diante da recusa, há duas opções principais: o recurso administrativo, que deve ser feito diretamente no INSS, e a via judicial. Ambas visam à revisão da decisão, porém exigem abordagens diferentes. A escolha entre elas é determinada por uma análise minuciosa do caso e, frequentemente, pela orientação de um profissional especializado em Direito Previdenciário.
Para contestar a recusa, é essencial fornecer novos documentos que reforcem a solicitação, incluindo provas adicionais de baixa renda ou informações detalhadas sobre a deficiência ou idade do requerente. A qualidade e a integridade dos documentos são de extrema importância nessa etapa.
Depois de protocolar o recurso, o INSS tem até 30 dias para responder, mas essa resposta pode ser adiada por várias razões. Monitorar de perto o desenvolvimento do processo e manter os documentos atualizados são medidas indispensáveis para assegurar o avanço e o êxito da solicitação.