O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma assistência essencial para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, garantindo uma renda mínima para que possam suprir suas necessidades básicas.
Entretanto, muitos beneficiários enfrentam a realidade do bloqueio desse recurso devido à falta de inscrição ou atualização no Cadastro Único (CadÚnico).
Recentemente, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou uma força-tarefa para resolver essa questão, oferecendo uma oportunidade significativa para os afetados reverterem essa situação.
Motivo da mobilização do INSS
O INSS tomou a decisão de criar uma força-tarefa para atender os beneficiários do BPC que tiveram seu pagamento bloqueado. Essa ação surge em resposta ao grande volume de comunicações e dúvidas recebidas nas Agências da Previdência Social.
Segundo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, a experiência dos servidores no acolhimento e atendimento à população vulnerável será fundamental para essa mobilização.
O objetivo principal é orientar os beneficiários sobre como realizar a atualização ou inscrição no CadÚnico. A força-tarefa estará ativa por um período de 90 dias, permitindo que as pessoas possam regularizar sua situação e garantir a continuidade do benefício.
Como processar em caso de bloqueio do BPC
Caso você tenha recebido uma notificação de bloqueio do seu BPC, existem algumas etapas que você deve seguir:
- Comparação ao INSS: Dirija-se à Agência da Previdência Social (APS) mais próxima. Ao comparecer, você receberá informações sobre o processo de revisão do seu benefício e será registrado na agência, o que é uma etapa crucial para o desbloqueio.
- Ligação para a Central de Atendimento: Outra opção é entrar em contato com a Central de Atendimento pelo número 135 . Ao informar que a atualização ou inscrição do CadÚnico está em andamento, seu bloqueio pode ser suspenso em até 72 horas.
- Atualização no Cras: Em ambos os casos, é importante que o beneficiário compareça ao Centro de Referência e Assistência Social (Cras) para realizar a atualização ou a inscrição no CadÚnico. O prazo para essa atualização varia de 45 a 90 dias, dependendo do número de habitantes do município.
A importância da atualização cadastral
A atualização cadastral é essencial para garantir que o BPC continue a ser pago. O INSS, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS), está focado em manter o benefício assistencial disponível para as famílias que dele dependem.
Desde agosto, o INSS implementou um programa de revisão do BPC, que abrange aqueles que não atualizaram seu cadastro nos últimos 48 meses.
Essa revisão é importante, pois estima-se que 1,25 milhão de benefícios possam ser afetados. Dos 505 mil beneficiários notificados, muitos ainda precisam atualizar suas informações, o que enfatiza a urgência dessa tarefa.
Para verificar se seu nome está na lista de inscrição ou atualização no CadÚnico, os beneficiários podem acessar o aplicativo Meu INSS e, utilizando seu CPF, realizar uma consulta. Essa ferramenta é fundamental para manter-se informado sobre sua situação cadastral.
Beneficiários do BPC residentes em municípios do Rio Grande do Sul que estão enfrentando situação de calamidade pública reconhecida não precisarão passar pelo processo de inscrição ou atualização cadastral neste momento.
Portanto, não perca tempo e siga os passos necessários para manter seu benefício ativo. A sua ação pode fazer toda a diferença.