Bitcoin bate novo recorde e dólar sobe mais de 1%
A criptomoeda Bitcoin alcançou um novo recorde histórico nesta segunda-feira (11), montando a onda de aprovação regulatória no Reino Unido. O país europeu deu aval para a criação de exchange traded-notes (ETN), um tipo de derivativo lastreado por criptomoedas semelhante aos ETFs de Bitcoin negociados em Nova York desde janeiro.
Por volta das 16h (de Brasília), o valor do Bitcoin aumentou 4,07%, chegando a US$ 72.318,25 (o equivalente a R$ 359.421,71), de acordo com dados obtidos pelo Binance, bolsa digital de criptomoedas. Além disso, o Ethereum, segunda maior criptomoeda em termos de valor de mercado, também registrou um aumento de 3,84%, totalizando US$ 4.066,71 (R$ 20.211,75).
Portas abertas para investimento em ETNs no Reino Unido
Com a decisão do órgão regulatório britânico, investidores profissionais agora têm permissão para investir em ETNs. Espera-se que essa alternativa esteja disponível a partir do segundo trimestre de 2024, o que impacta positivamente os preços dos criptoativos de um modo geral.
A Tickmill Group, um dos principais provedores de soluções de negociação forex, acredita que o Bitcoin poderá estender seus ganhos caso o índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) dos EUA apresente números abaixo do esperado.
A corretora analisa que uma diminuição no valor do dólar antecipa a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA. Essa possibilidade gera ainda mais impulso para os criptoativos, já que investidores estão em busca de maiores retornos.
Com a nova regulação para ETNs e a variação cada vez mais positiva dos criptoativos, é provável que este cenário estimule ainda mais a entrada de novos investidores nestas moedas, potencializando a procura e valorização do Bitcoin e outras criptomoedas no mercado financeiro.
Recuo na cotação do dólar e valorização do petróleo impactam nos rendimentos futuros
Os juros futuros registraram queda na manhã desta quarta-feira (13), seguindo a tendência do dólar em comparação ao real. A alta do petróleo, que ultrapassou 1,5%, contribuiu positivamente para este cenário. Entretanto, o desempenho negativo do minério de ferro, com recuo de 2,53%, e do Tesouro, limita o avanço dos ativos locais nacionais.
O contexto envolvendo as empresas Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) continua sendo monitorado com atenção. Há temores sobre a influência governamental nas duas companhias.
Na noite de terça-feira (12), a Vale divulgou um comunicado referente à renúncia de José Luciano Duarte Penido, membro do conselho de administração. Na ocasião, a mineradora ressaltou que a conduta do conselho no processo de escolha do presidente estava conforme o regimento interno e políticas corporativas.
De acordo com a carta de renúncia de Penido, no entanto, o processo da mineradora teria sido conduzido de maneira manipulada, comprometendo os interesses da empresa e sofrendo forte influência política.
Por outro lado, segundo informações, o Ministério da Fazenda indicará Rafael Dubeux, secretário executivo adjunto, para participar do conselho de administração da Petrobras. Essa indicação terá que ser aprovada pelo colegiado da estatal.
Julgamento sobre ICMS na energia elétrica
Além dessas questões, há ainda a expectativa em relação ao julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a incidência do ICMS nas tarifas de transmissão (TUST) e de distribuição (TUSD) de energia elétrica, o que poderia afetar a inflação.
No campo fiscal, a Secretaria Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais convocou os representantes de municípios para discutir a proposta do governo de reduzir a folha de pagamento desses entes federados. Às 9h19 da manhã, o dólar à vista estava em queda, com -0,09%, sendo cotado a R$ 4,9703. O dólar para abril era negociado a R$ 4,9745 (+0,02%).