A bandeira verde na conta de luz, um sinal de alívio para os consumidores, pode ser uma realidade já em dezembro, conforme projeções do Ministério de Minas e Energia.
Essa mudança é esperada após o impacto positivo das chuvas registradas nos últimos meses, que melhoraram as condições para a geração de energia no Brasil. Com isso, as tarifas de energia devem passar a não ter acréscimos adicionais, aliviando o bolso do consumidor.
A expectativa é de que essa seja a primeira bandeira verde após um período de instabilidade nas bandeiras tarifárias, provocadas por fatores climáticos adversos.
O que significa a bandeira verde?
A bandeira verde é um sinal positivo para os consumidores, pois indica que as condições de geração de energia elétrica são favoráveis, sem a necessidade de recursos adicionais para compensar a produção de energia.
Quando a bandeira é verde, isso significa que o Brasil não enfrenta crises hídricas ou outras dificuldades que exigem o uso de fontes mais caras de geração de eletricidade, como usinas termelétricas.
Portanto, as tarifas de energia não sofrem acréscimos, e o consumidor paga apenas o valor base da tarifa, o que torna o mês mais acessível para quem depende de energia elétrica em sua rotina.
A bandeira amarela e os acréscimos nas tarifas
Atualmente, em novembro, a bandeira tarifária está no patamar amarelo, o que implica um acréscimo de R$ 0,01885 por quilowatt-hora (kWh) consumido. Esse valor adicional é uma resposta às condições menos favoráveis para a geração de energia elétrica.
A bandeira amarela é acionada quando a produção de energia enfrenta desafios, como seca prolongada ou escassez de recursos naturais, o que força o uso de fontes mais caras de geração. Os consumidores, assim, são penalizados com um aumento na tarifa, que representa uma tentativa de equilibrar os custos de geração de energia em cenários mais difíceis.
A crise das bandeiras vermelhas e o impacto nas tarifas
Nos últimos anos, os brasileiros enfrentaram períodos mais intensos de dificuldades com as bandeiras tarifárias vermelhas, especialmente no patamar 2. A bandeira vermelha patamar 2, que foi vigente em outubro de 2024, gerou um impacto nos consumidores, com um acréscimo de R$ 7,877 para cada 100 kWh consumidos.
Esse patamar indica uma situação ainda mais crítica de geração de energia, quando as fontes alternativas e mais caras, como as termelétricas, precisam ser utilizadas em larga escala.
Sequência de bandeiras verdes interrompida pela estiagem
Antes da atual instabilidade, o Brasil vivenciou uma sequência de bandeiras verdes que perdurou desde abril de 2022 até julho de 2024. No entanto, a estiagem que assolou várias regiões do país em meados de 2024 causou um grande impacto na geração de energia.
Esse período crítico forçou o Governo a mudar a bandeira para amarela em julho, e, posteriormente, para a vermelha no mês de setembro, devido à insuficiência de chuvas e ao nível baixo dos reservatórios.
O que esperar no futuro?
Com o cenário de chuvas se estabilizando e o governo ajustando as tarifas de energia conforme as necessidades do setor, espera-se que o sistema elétrico brasileiro se recupere e traga mais previsibilidade para os consumidores.
Enquanto isso, os consumidores podem aguardar com mais esperança o final do ano, com a perspectiva de uma conta de luz mais barata e previsível.