A recente resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibindo a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos e de saúde no Brasil marca um importante movimento de proteção à saúde pública.
A medida surge em resposta a preocupações crescentes sobre a segurança e os danos associados ao uso do fenol em tratamentos dermatológicos, especialmente após incidentes graves que trouxeram à tona os riscos envolvidos.
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O fenol, conhecido por suas propriedades causticas e capacidade de provocar descamação da pele, tem sido historicamente utilizado em procedimentos como o peeling profundo para o tratamento de rugas e manchas. Contudo, especialistas alertam que seu uso não é isento de riscos significativos.
Além da possibilidade de causar escurecimento permanente da pele e cicatrizes desfigurantes, o fenol apresenta um perigo ao sistema cardiovascular, sendo classificado como cardiotóxico.
Casos sobre o procedimento
Casos trágicos como o do empresário Henrique Silva Chagas, cuja morte foi atribuída a complicações após um procedimento de peeling de fenol, destacam a urgência em regulamentar rigorosamente o uso dessas substâncias.
Relatos de reações adversas severas, incluindo arritmias cardíacas e parada cardíaca, sublinham a necessidade de vigilância estrita e monitoramento médico durante tais intervenções.
Compromisso com a segurança da população
A decisão da Anvisa de proibir temporariamente o fenol em procedimentos estéticos representa um compromisso com a segurança dos pacientes, enquanto investigações mais aprofundadas são conduzidas para avaliar sua eficácia e segurança.
A agência enfatiza a importância de evidências científicas robustas que respaldem o uso desses produtos em práticas médicas e estéticas, destacando a falta de estudos conclusivos até o momento.
No contexto atual, a comunidade médica e reguladora enfrenta o desafio de equilibrar os benefícios dos tratamentos estéticos avançados com os riscos, especialmente quando se trata de substâncias tão potencialmente danosas quanto o fenol.
Enquanto isso, orientações estritas são necessárias para garantir que apenas profissionais devidamente qualificados e capacitados realizem tais procedimentos, minimizando assim os riscos para os pacientes e assegurando padrões de segurança elevados.