Anvisa proíbe este tipo de cigarro no Brasil: “não são livres de risco”

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prevê para a próxima sexta-feira (19) uma decisão que poderá manter a proibição do uso de cigarros eletrônicos no país, posição sustentada desde 2009. Com a indústria tabagista ao seu lado, mas buscando alternativas legais através do Senado, este momento é decisivo para o futuro do dispositivo no Brasil.

Debate entre saúde e indústria

A discussão sobre a legalização do cigarro eletrônico divide opiniões. De um lado, representantes da saúde pública apontam os riscos relacionados ao seu uso; de outro, a indústria do tabaco vê no produto uma saída para a diminuição do consumo de cigarros convencionais.

Por outro lado, a senadora Soraya Thronicke propôs um projeto que visa a regulamentação do aparelho, marcando o início de uma possível longa batalha legislativa sobre o tema.

Qual o impacto da decisão da Anvisa?

Enquanto a Anvisa se prepara para dar o seu veredicto, o contexto sugere que a proibição não só será mantida como reforçada. A Agência considera medidas adicionais para coibir o uso e comércio ilegal do dispositivo, como campanhas educativas e maior fiscalização. Essa ação reflete as preocupações com a saúde pública, evidenciada pelo rechaço ao produto em consulta pública realizada pela própria Anvisa.

Posição da indústria do tabaco

A Philip Morris Brasil e outras gigantes do setor lançam campanhas digitais para promover o uso regulamentado do cigarro eletrônico, alegando redução nos riscos associados ao tabagismo. Contudo, especialistas e ex-ministros da saúde reforçam que esses dispositivos ainda representam sérios riscos à saúde, comparáveis aos do cigarro comum.

Com a decisão da Anvisa pendente, a sociedade brasileira aguarda para ver como o equilíbrio entre esses dois extremos será navegado pelas autoridades e pela legislação do país. O futuro do cigarro eletrônico no Brasil está nas mãos da Anvisa, e o resultado desta deliberação terá repercussões significativas para a saúde pública, a indústria do tabaco e os consumidores brasileiros.