Greve em Universidades Federais se estendem por todo país nesta segunda (15); veja as reivindicações
A partir desta segunda-feira (15), professores de 17 instituições federais de ensino superior entrarão em greve. Esse ato, que surge em um contexto de crescentes demandas por valorização profissional e investimento na educação pública, segue o movimento dos servidores técnico-administrativos, que começou em 11 de março.
O protesto já conta com a adesão de trabalhadores de 50 universidades e de quatro institutos federais. Uma das primeiras instituições a sentir os efeitos da greve foi a Universidade Federal do Acre (Ufac), onde os técnicos já haviam cruzado os braços.
O que reivindicam os professores?
A mobilização da categoria docente gira em torno da solicitação de um reajuste salarial de 22%, proposto a ser distribuído em três parcelas de 7,06% – sendo uma ainda para este ano e as subsequentes para 2025 e 2026.
A Andes-SN, Sindicato Nacional que representa os docentes, destaca também a urgência de ampliação dos investimentos públicos nas instituições federais de educação. Esta necessidade se evidencia ainda mais considerando a redução desses investimentos no decorrer do último governo.
Quais instituições aderiram à greve?
Na manhã de hoje, foi divulgada uma lista com as universidades e institutos federais que confirmaram participação na greve. São elas:
- Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG);
- Instituto Federal do Piauí (IFPI);
- Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
- Universidade Federal de Brasília (UnB);
- Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
- Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP);
- Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
- Universidade Federal de Viçosa (UFV);
- Universidade Federal do Cariri (UFCA);
- Universidade Federal do Ceará (UFC);
- Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
- Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
- Universidade Federal do Pará (UFPA);
- Universidade Federal do Paraná (UFPR);
- Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Impacto e perspectivas
A greve das universidades federais reflete um cenário de insatisfação generalizada entre os profissionais da educação superior pública no Brasil. As demandas, centradas em reajustes salariais e aumento dos investimentos em educação, apontam para uma crise mais ampla que afeta a qualidade e o acesso à educação pública de qualidade no país. A adesão de um número crescente de instituições ao movimento grevista sinaliza uma preocupação compartilhada e um chamado urgente por mudanças.
Enquanto a greve avança, espera-se uma resposta do governo e das autoridades competentes para atender às reivindicações desses profissionais, visando não somente a valorização da categoria, mas o fortalecimento da educação pública federal como um todo.