Queridinho dos brasileiros, painel solar tem queda no preço; vale a pena?
A energia solar despontou como uma das principais fontes de energia escolhidas pelos consumidores em todo o Brasil. Com a promulgação da Resolução Normativa 482, em 2012, os indivíduos adquiriram a habilidade de produzir sua própria eletricidade por meio de fontes renováveis, inclusive compartilhando o excedente para atender às demandas energéticas locais.
Após uma década e dois anos desde a implementação da resolução, os aportes financeiros na energia solar superaram a marca dos R$ 39 bilhões, ocasionando uma queda expressiva nos preços dos painéis solares. De acordo com a estimativa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), mais de 2,3 milhões de painéis solares estão atualmente em funcionamento no Brasil.
Veja também: Conta de luz pela metade do valor? Somente com estes métodos
Veja também: 5 atitudes para adotar no dia a dia e reduzir a conta de luz: economize mesmo no calor!
Investimento em energia solar
Somente em 2017 é que os investimentos em energia solar começaram a ganhar relevância, cinco anos após a promulgação da legislação. Segundo Elmer Cari, professor da Escola de Engenharia da USP, foi nesse período que as pessoas começaram a perceber os benefícios econômicos da energia solar, o que motivou o aumento dos investimentos. Essa declaração foi feita ao Jornal da USP.
No momento atual, a energia solar se destaca como uma das principais fontes de energia no país, ocupando a segunda posição, logo após a energia hidrelétrica e eólica. No ano passado, a energia solar representou 39,51% do aumento da capacidade energética nacional, desempenhando um papel crucial na diversificação da matriz energética brasileira.
Queda no preço dos painéis
Consequentemente, à medida que os consumidores investem mais, a produção de energia solar aumenta e os gastos com eletricidade diminuem. Por exemplo, em 2017, um kit solar de 3 kW custava R$ 23,4 mil, excluindo os custos de instalação. Em 2024, esse mesmo kit está disponível por R$ 13 mil.
Adicionalmente, a produção de painéis solares tem proporcionado um aumento no número de empregos em comparação com 2014, contando atualmente com 280 mil trabalhadores envolvidos nessa atividade. Por último, o setor residencial lidera os investimentos em energia solar, representando 48% do total, seguido pelo comércio e pelos serviços.
Devido a esses progressos, o Brasil subiu duas posições e agora está classificado como o sexto maior produtor mundial de energia solar, contando com mais de 37 gigawatts de capacidade operacional até o final de 2023. Essas estatísticas foram compiladas pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), utilizando dados fornecidos pela Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena).
Setor solar no Brasil
Em 2023, o setor registrou uma arrecadação de R$ 5,6 bilhões, representando um incremento de 49% comparado ao ano anterior. Apenas durante esse período, foram acrescentados quase 12 gigawatts de potência, o que posicionou o Brasil em quarto lugar no ranking de capacidade adicional anual.
A energia solar ocupa atualmente o segundo lugar na matriz energética nacional, contribuindo com mais de R$ 195 bilhões em investimentos recentes e gerando mais de 1,2 milhão de empregos. Sua participação corresponde a 17,4% da produção total de energia no Brasil.