O universo das criptomoedas é como um turbilhão interminável de expectativas, emoções e reviravoltas. A cada novo dia, os entusiastas e investidores mergulham em um oceano de valorização e desvalorização podem ser tão imprevisíveis quanto o clima em uma tempestade. Neste cenário, o Bitcoin (BTC) desencadeia frequentemente uma montanha-russa de sentimentos, afetando não só os investidores diretos, mas também as economias e os mercados globais.
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Recentemente, o Bitcoin, em um único dia, despencou para abaixo dos US$ 63 mil, um patamar que não via desde o início de março, quando sua cotação registrou um mínimo de US$ 61.956. As razões são complexas, mas uma delas pode ser encontrada em ETFs de Bitcoin à vista negociados nos Estados Unidos, que testemunharam uma saída líquida de US$ 154,3 milhões.
O fundo GBTC, da Grayscale, em particular, contribuiu significativamente para essa retirada, somando US$ 642,5 milhões em saques. Este foi o primeiro dia de saldo líquido total negativo desde o início de março, uma ocorrência que não passa despercebida pelos observadores do mercado.
Dimensão macroeconômica que precisa ser considerada
A decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nos Estados Unidos está na mira dos investidores, com a expectativa de que as taxas permaneçam no atual patamar de 5,25% a 5,5% ao ano. No entanto, os últimos dados acima do esperado de inflação e emprego nos EUA têm adiantado as projeções de redução das taxas de juros, algo que pode impactar melhorias no desempenho dos ativos de renda variável em geral, incluindo o Bitcoin.
Entretanto, há analistas como André Franco, chefe de análise do MB, que trazem uma visão otimista ao aumentar a previsão do preço do BTC para o final de 2024 de US$ 100 mil para US$ 150 mil. Franco baseia sua análise na comparação com o preço do ouro após a introdução do ETF do metal nos EUA, além de considerar os fluxos de entrada nos ETFs e o preço do Bitcoin.
Enquanto isso, nos gráficos e tabelas que acompanham a dança frenética das criptomoedas, o Bitcoin mostra uma queda de 7% em 24 horas, cotado a US$ 63.577, enquanto o Ether, a moeda digital da rede Ethereum, apresenta perdas de 8,4 % para US$ 3.292. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo permanece colossal, alcançando a marca de US$ 2,51 trilhões.
Não são apenas o Bitcoin e o Ether que sentem o impacto
Entre as altcoins, também há uma tendência de queda, com moedas como a Solana (SOL), o token da Binance Smart Chain (BNB) e a Avalanche (AVAX) registrando perdas significativas, em meio à correção após o Bitcoin atingir sua máxima histórica recente de US$ 73.835.
Este movimento ocorre em um momento quando os olhos do mundo criptográfico definidos estão em um dos eventos mais esperados do ano, o halving do Bitcoin, previsto para acontecer por volta do dia 20 de abril. Este evento, que ocorre aproximadamente a cada quatro anos, reduz pela metade a recompensa em novos BTCs para os mineradores, trazendo a oferta da moeda digital no longo prazo.
Historicamente, tal evento tem sido associado a grandes movimentos de valorização do Bitcoin, uma expectativa que mantém os entusiastas e investidores à beira de seus assentos, ansiosos para ver como essa narrativa se desenvolverá desta vez.