O Aedes aegypti, mais conhecido como o transmissor de doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, teve sua origem no Egito, daí seu nome que remete à antiga região de sua descoberta. Este inseto menor que 1 cm, famoso por suas listras brancas, tem sido associado a mais de 10 mil mortes no Brasil nas últimas três décadas, segundo dados do Ministério da Saúde.
Desde o século XVI, com o início das grandes navegações, o Aedes aegypti espalhou-se pelo mundo, chegando às Américas por meio dos navios de comércio de escravos.
Chegada do Aedes aegypti no Brasil
No Brasil, os primeiros relatos da presença do mosquito datam do final do século XIX e início do século XX. A primeira epidemia documentada de dengue ocorreu em 1981-1982 em Boa Vista, Roraima, mas estudos sugerem que o mosquito já causava problemas no país desde o início do século XIX.
O mosquito foi erradicado no Brasil em 1955, graças a esforços para controlar a febre amarela, mas a interrupção das medidas preventivas levou à sua reintrodução e disseminação nas décadas seguintes. O crescimento urbano desordenado, a falta de saneamento básico e o exôdo rural contribuíram para o ressurgimento do Aedes aegypti como um problema de saúde pública.
Animal mais letal do planeta
Hoje, o Aedes aegypti é considerado o animal mais letal do planeta, responsável por mais mortes do que qualquer outro devido às doenças que transmite. A transmissão da dengue, por exemplo, requer que o mosquito esteja infectado; ele transmite o vírus ao picar um humano para se alimentar, iniciando assim um novo ciclo de transmissão.
Apesar dos esforços históricos, a erradicação do Aedes aegypti no Brasil atual parece improvável. O combate ao mosquito hoje foca na redução da infestação e na prevenção da transmissão de vírus.
Estratégias como evitar água parada, uso de repelentes e telas em janelas são essenciais para prevenir a proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, as doenças que ele transmite. A luta contra o Aedes aegypti é um esforço contínuo que requer a colaboração de todos, desde autoridades de saúde até a população em geral.
Aedes aegypti quase foi erradicado
Nos anos 1950, o Brasil alcançou um marco histórico na saúde pública ao erradicar o Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Essa conquista foi resultado de intensas campanhas de controle da febre amarela, onde medidas rigorosas foram adotadas para eliminar os criadouros do mosquito.
Contudo, esse sucesso foi efêmero. Nas décadas seguintes, o país viu o retorno e a proliferação desenfreada do Aedes aegypti, transformando o sonho de erradicação em uma lembrança distante. A volta do mosquito foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo alterações climáticas, com aumentos de temperatura e mudanças nos padrões de chuva, favorecendo a reprodução e a disseminação do mosquito.
Além disso, o desmantelamento das vigilâncias proativas e o desleixo nas ações de controle, como o uso de larvicidas e o nebulizador, conhecido popularmente como “fumacê”, contribuíram significativamente para o ressurgimento do mosquito. A urbanização acelerada e desordenada, aliada à falta de infraestrutura de saneamento básico, criou o ambiente perfeito para que o Aedes aegypti se estabelecesse novamente como uma ameaça constante à saúde pública.