Um ano depois do rombo de R$40 milhões, Americanas segue em crise; entenda
A Americanas S.A, uma das maiores redes de varejo do Brasil, se encontra em um período de incertezas após ser revelada uma brecha contábil de 20 bilhões a 40 bilhões de reais em janeiro de 2023, causando comoção e instável movimento no mercado financeiro. A empresa já começou a implementar medidas de recuperação, mas muitos desafios ainda estão pela frente.
A descoberta do rombo financeiro
O anúncio, feito no início de 2023, desencadeou uma queda acentuada no preço das ações da empresa, de R$ 10,41 para R$ 0,84. Além disso, o enorme rombo financeiro resultou na demissão de 5.5 mil colaboradores e no fechamento de 95 lojas da rede. No centro dessa crise, estavam o CEO Sergio Rial e o diretor financeiro André Covre, que deixaram seus cargos na empresa.
Plano de Recuperação Judicial
Diante da dívida de 40 bilhões de reais, a Americanas tomou a decisão de entrar com um pedido de recuperação judicial. Esse pedido contemplava medidas para reconquistar a confiança do mercado financeiro, como a conversão de 12 bilhões de reais de dívida em ações, tornando os bancos acionistas da empresa.
Atualmente, com a liderança de Leonardo Coelho, como CEO, e Camille Faria, como CFO, a Americanas S.A projetou o retorno ao ranking das maiores varejistas do Brasil, com um Ebitda superior a 2,2 bilhões de reais até 2025.
Desafios futuros
A travessia pela recuperação não será fácil para a empresa. Além da necessidade de administrar uma economia instável, a Americanas S.A precisa reconstruir a confiança e a imagem perante o público. Como observado por Daniel Nogueira, da InvestSmart XP, “temos uma empresa em que os reais números dos últimos anos vieram à tona recentemente, uma imagem fragilizada com o público devido à fraude, e um cenário de alta taxa de juros”.
O sucesso da Americanas S.A nos próximos anos dependerá de uma gestão eficiente e de um bom relacionamento com os principais acionistas, bancos e credores.