O Brasil apresentou um déficit em suas contas externas de US$ 1,6 bilhão em novembro de 2023, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Banco Central. Trata-se do menor saldo negativo para o mês desde 2016, representando uma queda de 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As contas externas do país são compostas pela balança comercial, que engloba as exportações e importações, pelos serviços adquiridos por brasileiros no exterior e pela renda, que inclui a remessa de juros, lucros e dividendos do Brasil para outros países. Esses dados são divulgados mensalmente pelo Banco Central em um relatório de estatísticas externas.
A queda do déficit
A redução do saldo negativo nas contas externas foi impulsionada principalmente pela balança comercial, que somou US$ 6,7 bilhões em novembro do ano passado, um aumento relevante frente aos US$ 4,7 bilhões do mesmo mês em 2022. Apesar de terem ocorrido uma queda de 1% nas exportações, as importações recuaram 9,6% no mesmo período comparado, contribuindo para a melhoria do saldo.
Déficit na conta de serviços e transações correntes
O déficit na conta de serviços totalizou US$ 3,6 bilhões em novembro, um crescimento de US$ 1 bilhão em relação a novembro do ano anterior. Quanto às transações correntes, o acumulado nos últimos 12 meses até novembro de 2023 foi de US$ 33,7 bilhões, representando 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No mês anterior, o saldo negativo havia sido de US$ 33,8 bilhões e, em novembro de 2022, de US$ 49,9 bilhões.
O cenário que se apresenta, portanto, indica uma melhora nas contas externas do Brasil, com uma redução no saldo negativo. A balança comercial tem tido um peso significativo nesse processo, com aumento no saldo e queda nas importações. Contudo, o déficit na conta de serviços e as transações correntes ainda representam desafios a serem superados.