O empréstimo com garantia é uma modalidade de crédito que tem demonstrado notável progresso, mesmo representando, no momento, menos de 50% do mercado de crédito brasileiro. Essa prática, onde algum bem é dado como garantia ao empréstimo, simplifica a realização de sonhos e cumprimentos de metas pessoais e profissionais ao fornecer crédito com juros a partir de 1,09% ao mês e até 240 meses para pagar.
Nessa categoria de empréstimo, o cliente oferece algum bem à instituição como garantia de pagamento da dívida, fazendo com que esse tipo de transação seja considerada de menor risco para a emissora. Assim, os juros cobrados são menores e o prazo para pagamento é maior. Além disso, a posse do bem permanece no nome da pessoa que o detém, embora a propriedade (posse indireta), fique com a companhia que cede o empréstimo, garantindo deste modo que o bem não seja utilizado em outro pedido de empréstimo.
Porém, há muitas dúvidas sobre o entendimento desta modalidade de crédito. São perguntas de natureza variada, como: quais instituições a oferecerem? Qual bem posso colocar em garantia? E se eu atrasar uma parcela, perderei o bem imediatamente? Ou, é realmente necessário comprovar renda?
Com informações do site Creditas, confira a seguir 3 mitos sobre o Empréstimo com Garantia:
Se atrasar uma parcela vai perder o bem
De acordo o economista e professor da Mackenzie, Paulo Dutra, os esquecimentos em torno de uma parcela é comum, e as empresas de certa forma já estão acostumadas com isso. O especialista explica que antes de classificar o atraso como calote, a empresa entra em contato com o consumidor, tenta negociar e, assim, entender o que motivou a inadimplência.
“Normalmente, as empresas consideram calote quando o consumidor deixa de pagar um volume de três parcelas”, diz Dutra. “Quando isso ocorre, a companhia notifica o consumidor do débito que não foi quitado e inicia um processo de negociação”, explica.
Não é preciso comprovar renda para conseguir o crédito, mesmo sendo empréstimo com garantia
Mesmo sendo uma transação em que um bem é colocado como garantia, é importante que haja a comprovação de renda. Essa também é uma forma da empresa se prevenir para não tomar um calote durante a operação. “A análise de renda é importante para que as empresas identifiquem a capacidade pagadora dos consumidores”, diz o professor.
Esse processo também ajuda a identificar a relação do cliente com o dinheiro: se ele é organizado financeiramente e se tem condições de pagar o empréstimo. Outro ponto importante da análise de crédito, é que a etapa ajuda a elaborar os componentes do empréstimo: o valor principal que será cedido, a taxa de juros e o prazo de pagamento.
Além disso, é uma maneira de diminuir o acúmulo de um débito que o cliente não pode arcar. De forma geral, o valor da parcela do crédito não pode comprometer mais que 30% da renda do consumidor.
É possível solicitar qualquer valor
Assim como em outras modalidades de empréstimo, o de garantia tem um valor mínimo e máximo que pode ser pedido, variando de acordo com a empresa que disponibilizará o montante. Além disso, existem outros fatores que influenciam no processo, como a capacidade de pagamento do credor.