Com o aumento constante do custo de vida, a Tarifa Social de Energia Elétrica se destaca como uma importante ferramenta para auxiliar famílias de baixa renda a reduzir seus gastos com serviços essenciais.
Criada em 2002, a Tarifa Social oferece descontos consideráveis na conta de luz, permitindo que milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade continuem a ter acesso à eletricidade.
O que é a Tarifa Social de Energia Elétrica?
A Tarifa Social de Energia Elétrica é um programa governamental criado com o objetivo de fornecer descontos progressivos na conta de energia para famílias de baixa renda.
O objetivo principal é garantir que essas famílias consigam manter o fornecimento de energia elétrica, essencial para o bem-estar e o desenvolvimento das atividades cotidianas, mesmo em condições econômicas adversas.
Com os constantes aumentos no preço da energia elétrica no Brasil, esse benefício se tornou ainda mais relevante, sendo uma forma de aliviar o orçamento de quem mais precisa.
O desconto fornecido pela Tarifa Social varia conforme o consumo de energia e o perfil da família. Ele pode chegar a até 65%, dependendo da quantidade de energia utilizada e do tipo de beneficiário. De forma geral, o desconto médio fica entre 20% e 35%, o que já representa uma economia ao longo de um ano.
Em algumas regiões e em casos específicos, como o de famílias indígenas e quilombolas, o abatimento pode ser ainda maior, chegando a 100% para consumos muito baixos.
Quem pode receber uma Tarifa Social?
O programa é destinado a famílias que atendem a critérios socioeconômicos específicos. Os principais beneficiários são:
- Famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (per capita).
- Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é destinado a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que possuem baixa renda.
- Famílias com membros que utilizam aparelhos elétricos para tratamento de saúde, como respiradores artificiais, podem solicitar o benefício mesmo que a renda familiar seja maior, desde que não ultrapasse três meses mínimos.
Vale destacar que a adesão ao CadÚnico é uma exigência central para a maioria dos programas sociais no Brasil, incluindo a Tarifa Social. Por isso, manter o cadastro atualizado é fundamental para a continuidade da coleta do benefício.
Como funcionam os descontos?
Os descontos são aplicados de maneira progressiva, levando em consideração o consumo mensal da residência:
- Até 30 kWh/mês: desconto de 65%.
- Entre 31 e 100 kWh/mês: desconto de 40%.
- Entre 101 e 220 kWh/mês: desconto de 10%.
Para famílias indígenas e quilombolas cadastradas no CadÚnico, o desconto é de 100% para consumos de até 50 kWh/mês, permitindo que essas comunidades extremamente vulneráveis tenham acesso gratuito à eletricidade, desde que mantenham um consumo controlado.
Como solicitar o benefício?
O processo de pedido da Tarifa Social é bastante simples, e muitas vezes o desconto é automático para quem já está inscrito em programas sociais adequados, como o CadÚnico ou o BPC.
Porém, é necessário que o cadastro esteja sempre atualizado para garantir a continuidade do benefício. Caso o desconto não esteja sendo aplicado na fatura, o recomendado é:
- Verifique se o cadastro no CadÚnico está atualizado: Alterações na composição familiar ou na renda devem ser informadas o quanto antes.
- Entrar em contato com uma distribuidora de energia: As empresas de energia elétrica são responsáveis por aplicar o desconto na fatura, e em caso de falha, o contato direto pode resolver o problema.
- Procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social): Para quem ainda não está inscrito no CadÚnico, o primeiro passo é ir até o CRAS mais próximo, onde a inscrição pode ser feita e as dúvidas sobre os critérios de inclusão no programa podem ser esclarecidas.
É importante lembrar que o benefício da Tarifa Social não é vitalício, e para continuar a usufruir do desconto, os beneficiários devem manter suas informações atualizadas junto ao CadÚnico.
Mudanças na renda ou na composição familiar podem influenciar diretamente na elegibilidade para o programa. Por isso, a cada dois anos, ou sempre que haja alterações, é necessário atualizar os dados.