O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou uma importante decisão que promete impactar milhares de viajantes que dependem do Aeroporto Salgado Filho, o principal terminal do Rio Grande do Sul.
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Após mais de 70 dias de inatividade devido às fortes chuvas que causaram inundações tanto nos terminais quanto nas pistas, as operações no aeroporto serão retomadas de forma parcial a partir de outubro e integralmente em dezembro deste ano.
Reabertura parcial em outubro
Em outubro, o Salgado Filho retomará suas operações com aproximadamente 50 voos diários, totalizando cerca de 350 voos semanais. Essa reabertura parcial envolve 1700 metros de pista, permitindo que o aeroporto volte a atender uma demanda de passageiros.
O ministro Costa Filho destacou a importância dessa medida para a retomada gradual da normalidade no transporte aéreo da região, que tem sofrido com o fechamento prolongado do terminal.
Operação integral em dezembro
A previsão é que, até dezembro, o Aeroporto Salgado Filho esteja completamente operacional, com a abertura de quase 2 mil metros de pista, permitindo que o terminal volte a funcionar das 10h às 22h, garantindo uma maior flexibilidade e capacidade de atendimento.
Impactos econômicos e pedido de ressarcimento
A Fraport, companhia alemã responsável pela administração do Salgado Filho, solicitou ao governo federal um ressarcimento de cerca de R$ 700 milhões pelas perdas sofridas durante o período de inatividade.
Esse valor é essencial para a empresa equilibrar suas finanças e continuar oferecendo um serviço de qualidade. A companhia dividiu a operação em duas etapas para gerenciar melhor a reabertura e minimizar os impactos financeiros.
O ministro Costa Filho afirmou que o pedido de ressarcimento está sendo analisado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A decisão sobre como será realizado esse reequilíbrio financeiro – seja por meio de empréstimo ou fundo perdido – será tomada em breve.
Parte do valor solicitado pela Fraport já foi consolidado pelos seguros, enquanto outras partes estão em discussão jurídica.
Voos emergenciais e alternativas
Durante o período em que o Aeroporto Salgado Filho esteve fechado, os voos para a região Sul foram operados a partir da Base Aérea de Canoas, que assumiu uma função emergencial. Essa solução temporária ajudou a reduzir os transtornos causados pelo fechamento do principal terminal do Rio Grande do Sul.
Tarifas aéreas e esforços para redução
A redução no número de voos disponíveis no Rio Grande do Sul resultou em um aumento nos preços das passagens aéreas. O ministro Costa Filho reconheceu o problema e afirmou que está trabalhando para reduzir as tarifas.
A reabertura do Salgado Filho, tanto parcial quanto integral, deverá contribuir para a normalização dos preços, aliviando o bolso dos viajantes.
Declarações da CEO da Fraport
Na coletiva de imprensa, a CEO brasileira da Fraport, Andreaa Pal, afirmou que o valor final do ressarcimento pode ser menor que os R$ 700 milhões inicialmente solicitados. Ela explicou que a empresa está em processo de negociação com as seguradoras envolvidas no contrato e que algumas questões ainda estão sendo resolvidas.
Andreaa Pal ressaltou que a empresa está comprometida em reparar o aeroporto e retomar as operações normais o mais rápido possível.