O alerta da OMS referente ao NOVO vírus que pode se tornar uma pandemia
Prever o aparecimento de novas doenças infecciosas é um dos desafios mais significativos de hoje, como demonstrado pela pandemia da covid-19. Não se trata tanto de saber se ocorrerá outra pandemia, mas sim de quando ela acontecerá.
Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) compilou uma lista de doenças que apresentam um sério risco para a saúde pública, devido ao seu potencial epidêmico e à ausência ou insuficiência de medidas eficazes de tratamento ou controle.
Alerta da OMS: “doença X”
Embora várias das doenças mencionadas na lista sejam familiares, como ebola, zika e MERS, há também uma intrigante “doença X”. Essa enfermidade, provocada por um novo e ainda não identificado agente patogênico, representa uma ameaça potencial que poderia desencadear uma epidemia de escala global. A OMS está destacando a importância da preparação diante desse risco iminente.
Apesar da incerteza sobre quais microrganismos nos ameaçarão no futuro, dado o desconhecimento de muitos pela ciência, podemos extrair lições valiosas do passado. Isso nos permite antecipar surtos e identificar regiões prioritárias para monitoramento.
Por meio de métodos de modelagem e análise de dados, é viável antecipar as regiões onde os fatores de emergência são mais evidentes e, consequentemente, mapear áreas com maior propensão ao surgimento da “doença X”. Essa abordagem engloba o emprego de sistemas de informações geográficas, dados de bioclimatologia da NASA, informações sobre mudanças no uso da terra e densidade populacional.
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Origem das doenças
Segundo a OMS, a maioria das doenças infecciosas emergentes é de origem animal (zoonótica). Podem ser causadas por patógenos desconhecidos ou variantes modificadas de patógenos já identificados.
Causas dos surtos e emergência de doenças:
- Os surtos podem resultar de patógenos anteriormente desconhecidos.
- Podem ocorrer devido a patógenos existentes que se expandem para novas áreas geográficas ou sofrem mutações significativas.
Identificar e monitorar áreas de maior risco, conhecidas como “pontos críticos”, apresenta desafios complexos. Isso depende, como ressalta a OMS, da distribuição dos reservatórios (espécies animais que abrigam o patógeno sem mostrar sintomas) e dos hospedeiros (espécies suscetíveis que desenvolvem a doença) e suas interações com os humanos.
Principais impulsionadores das doenças emergentes:
- Processos ecológicos.
- Modificações na paisagem, especialmente associadas ao desenvolvimento agrícola.
- Mudanças nos ecossistemas aquáticos.
- Desmatamento e reflorestamento.
Pandemias virais
Embora algumas bactérias também possam causar doenças, os principais surtos epidêmicos entre 2020 e 2024 foram atribuídos principalmente a vírus. Os vírus, especialmente os de RNA, possuem características que facilitam sua emergência, como o genoma compacto, o código genético simples e a alta taxa de mutação, o que permite rápida adaptação aos hospedeiros e ambientes variáveis.
Observando os eventos recentes, notamos que os vírus que representam os maiores riscos emergentes para a saúde humana são principalmente encontrados em três famílias: Filoviridae (como ebola e marburg), Coronaviridae (incluindo Sars-CoV-1, Sars-CoV-2 e Mers) e Henipaviruses (como o vírus nipah e o vírus hendra).
Assim, podemos inferir que a “doença X” provavelmente está ligada a uma dessas famílias de vírus. Embora não haja certeza absoluta, com base nas observações recentes, é improvável que uma nova doença zoonótica seja originada de uma família de vírus completamente desconhecida.